Era uma noite de novembro de 1889, e o marechal Deodoro da Fonseca estava em sua casa, doente e abatido. Ele havia recebido uma carta de seu amigo e irmão maçom, Benjamin Constant, que lhe pedia para liderar um movimento contra o governo imperial, que estava prestes a dissolver o Exército e a Marinha. Deodoro hesitava em tomar uma decisão tão grave, pois tinha respeito pelo imperador D. Pedro II, que também era maçom.
Mas ele sabia que o Brasil precisava de mudanças, e que a Maçonaria defendia os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, que eram contrários ao regime monárquico e escravocrata. Ele lembrou-se de como os maçons haviam participado de outros momentos históricos do país, como a abolição da escravatura, a Independência, a Inconfidência Mineira, a Revolução Farroupilha, e tantos outros. Ele pensou em como a Maçonaria era uma instituição universal, que unia homens de diferentes raças, credos e classes sociais, em busca do aperfeiçoamento moral e intelectual.
Ele resolveu, então, atender ao chamado de seu irmão, e saiu de sua casa, montado em seu cavalo, rumo ao quartel-general do Exército. Lá, ele encontrou outros oficiais maçons, que o apoiaram na sua decisão. Eles marcharam pelas ruas do Rio de Janeiro, aclamados pelo povo, que ansiava por uma nova forma de governo. Eles chegaram ao Campo de Santana, onde estava o palácio imperial, e Deodoro ordenou que a tropa cercasse o edifício. Ele enviou um ultimato ao imperador, exigindo que ele renunciasse ao trono e deixasse o país.
D. Pedro II, que estava no interior, soube da notícia pelo telégrafo, e aceitou o seu destino com resignação. Ele embarcou em um navio, acompanhado de sua família, e partiu para o exílio na Europa. Assim, terminava o Império do Brasil, e começava a República Federativa do Brasil, com Deodoro da Fonseca como seu primeiro presidente.
A Maçonaria, que havia sido fundamental para a proclamação da República, continuou a exercer sua influência na política, na cultura e na sociedade brasileiras, ao longo dos anos. Muitos presidentes, e outros políticos, juízes, advogados, médicos, professores, escritores, artistas, e outros cidadãos ilustres, foram ou são maçons, que seguem os princípios e os valores da Ordem. A Maçonaria é uma força viva e atuante, que contribui para o progresso e o bem-estar do Brasil e da humanidade.